Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





terça-feira, 21 de setembro de 2010

O melhor do mundo são as crianças

Quando Fernando Pessoa proferiu a imortal frase acima transcrita, estava claramente sob o efeito de opiáceos. Ou isso, ou nunca tinha provado rojões à moda do Minho.
Não quero com isto afirmar que não haja crianças adoráveis. Há, sim. São 5 e eu conheço-as, porque são filhos de amigos meus. Por absoluta coincidência, claro, porque eu não sou tendenciosa.
Devo confessar que convivo mal com os numerosos diagnósticos de hiperactividade. No meu tempo chamava-se má criação e em vez de Ritalin, aplicava-se um remédio que, regra geral, surtia o efeito desejado. Qual era mesmo o nome? Ah, já sei: bufardos, um par de bufardos bem aplicados no couro do pequeno estafermo costumava coarctar a "hiperactividade".
Mas diz que hoje em dia não é pedagógico chegar a roupa ao pelo dos petizes. Vai daí, de quando em vez deparamo-nos com manifestações de selvajaria por parte dos queridos "hiperactivos" que envergonhariam as hordas de Átila, o Huno. Perante a passividade dos paizinhos, claro, não se vá traumatizar os pequenos aprendizes de Pol Pot.
Como tenho a saudável relação com o politicamente correcto que Ferro Rodrigos tinha com o segredo de justiça, posso garantir que já acertei o passo a crianças alheias. Alheias, porque obviamente não disponho das minhas próprias a quem sovar.
Já bati, inclusivamente, no filho de uns clientes (sim, arrojo não me falta). O pequeno Milosevic, depois de ter pontapeado uma funcionária de um Cartório, preparava-se para me dar cotoveladas. De forma que, não só lhe dei uma cachaçada, como o ameacei com pancada da grossa se reincidisse na gracinha. Obviamente que só o fiz depois de os adoráveis progenitores me terem pago os honorários (posso ser arrojada, mas não sou burra).
Sempre que estamos num sítio público e se ouvem guinchos de um pequeno selvagem, o meu namorado gosta de gracejar com os amigos que a criança não sabe o perigo que corre ao irritar-me. É um exagero, claro, porque eu não bato em crianças desconhecidas. Quando muito, furtivamente passo-lhes uma rasteira.
E se, perguntam vocês, um dia que eu tenha filhos, me calha em sorte um bicho que nem à força da pancada consigo domesticar? É fácil, meus amigos, para que é que acham que serve a roda dos expostos?!

2 comentários:

Miss Murder disse...

Eu nunca terei filhos, e mais não digo!

Dora disse...

Até pode ser mas dos outros. Eu não vou ter filhos mas gosto de crianças na mesma. As pessoas às vezes confundem...