Notícia no jornal Público, 04 Janeiro 2004:
"A Liga Árabe terá contactado José Maria Martins, advogado de Carlos Silvino ("Bibi") para fazer parte da defesa de Saddam Hussein. Segundo o semanário "Expresso", o convite prende-se com o facto de José Maria Martins fazer parte da Amnistia Internacional. O advogado confirmou àquele jornal que o convite foi feito na semana passada, adiantando que ainda está a ponderar se aceita ou não fazer parte da equipa de advogados internacionais que a Liga Árabe quer formar para defender o ex-Presidente do Iraque."
"A Liga Árabe terá contactado José Maria Martins, advogado de Carlos Silvino ("Bibi") para fazer parte da defesa de Saddam Hussein. Segundo o semanário "Expresso", o convite prende-se com o facto de José Maria Martins fazer parte da Amnistia Internacional. O advogado confirmou àquele jornal que o convite foi feito na semana passada, adiantando que ainda está a ponderar se aceita ou não fazer parte da equipa de advogados internacionais que a Liga Árabe quer formar para defender o ex-Presidente do Iraque."
Posteriormente, no Jornal de Notícias, 10 de Janeiro de 2004:
"José Maria Martins e Saddam Hussein são os protagonistas de uma rábula que resulta de uma ideia roubada ao "Inimigo Público", jornal satírico que, à sexta-feira, acompanha a edição do "Público", a qual dava como certa (falsa, segundo a linha editorial do jornal), a presença do português entre os advogados convidados para defender o ex-ditador iraquiano. Nos meios da advocacia, já lhe chamam a "história do ano" e há quem se ria até às lágrimas. "Vimos a manchete e um advogado lembrou-se de tornar a história real". A verdade é que, uma semana depois, o assunto tinha honras de primeira página. Titulava o "Expresso" - dias depois seguir-se-iam rádios, televisões e outros jornais, entre os quais o JN - que o advogado fora convidado para defender o ex-presidente iraquiano. A notícia citava o próprio, que explicava que tinha sido contactado pelo presidente da Liga Árabe e invocava eventuais dificuldades de agenda. Agora, a verdadeira história já não é contada em surdina. Surpreendido com a dimensão que a brincadeira ganhou, um dos advogados confessa que tudo aconteceu num escritório de Lisboa. "Contou-se com a colaboração das secretárias, que iam sucessivamente passando as chamadas entre si, de forma a tornar mais credível o contacto. Foi um advogado que falou com Martins e todos os pormenores serviram para tornar a coisa credível". "O mais hilariante é que já foram feitos outros contactos e ele ainda está a pensar". Ontem, em editorial, o "Inimigo Público" também esclarecia que "a notícia era falsa, delirante e sem qualquer hipótese de se concretizar". Acrescentava que já contactaram Saddam e que este se mostrara indisponível. Martins pode agora dedicar-se a tempo inteiro à defesa de Bibi."