Aqui vai, então:
Pior livro – “O Aleph”, de Paulo Coelho
Perguntar-me-ão se li o livro e terei de responder que não. Mas posso asseverar que falo com conhecimento de causa, pois tentei ler um livro deste autor e fui impiedosamente derrotada. Como contei num post antigo, há alguns anos ofereceram-me “Veronika Decide Morrer”. E, meus amigos, a páginas tantas percebi que, ou a moça cumpria os seus intentos, ou quem se matava era eu. Por me repugnar desejar a morte de alguém (se exceptuarmos alguns clientes ocasionais), resolvi parar o livro antes do fim.
Ora, como não me consta que Paulo Coelho tenha decidido arredar-se da temática New Age que tantos leitores lhe tem granjeado, ou que tenha decidido ter aulas de escrita, temo que “O Aleph” tenha sido o pior livro editado em Portugal em 2011.
Pior música – James Blunt (sei lá o nome daquela porcaria delicodoce)
Acalentei esperanças de que, após o êxito da música “És muito linda”, James Blunt se dedicasse indefinidamente ao gozo dos royalties proporcionados por quem tem um pobre gosto para música. Mas debalde, porque 2011 marcou o seu regresso.
Li algures que Blunt tem um passado como militar, tendo até pontuado na linha da frente da guerra no Kosovo. O que me leva a perguntar: onde é que estavam os sérvios com pontaria quando a humanidade mais precisava deles?
Pior filme – Saga “Crepúsculo”
A saga “Lusco-fusco” irrita-me particularmente pela abordagem alternativa que faz do vampiro, papel que ao longo da história do cinema foi engrandecido pelos desempenhos de Max Schrek, Bela Lugosi e Chistopher Lee. Estes sim, encarnavam seres rapaces e, ainda assim, com uma certa sensualidade. Agora, um vampiro que brilha?! Brilhar, brilham os candeeiros! Ou as fadas. Os vampiros mordem pescoços! E por falar nisso, que género de vampiro é aquele que não fode nem sai de cima? O gajo não morde o pescoço da heroína (nem real, nem metaforicamente), nem deixa o lobo morder. E nem me façam falar daquela alcateia: todos juntos têm menos pêlos do que eu antes da depilação. Desde a diatribe de Polanski “Por Favor Não Me Morda o Pescoço” que os vampiros não eram tão enxovalhados.
Estas foram as minhas escolhas. Um desafio feito, quinhentos e cinquenta para fazer.