Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





terça-feira, 4 de outubro de 2011

Casos da vida (ou a arte de roubar títulos a programas da TVI)

Já o meu pai era adolescente, quando a minha avó paterna decidiu que queria aprender a conduzir.

Naquela altura, a estada nacional que passava ao lado da casa onde habitavam era pouco movimentada. De forma que o meu avô decidiu dar-lhe umas lições práticas de condução durante a noite, altura em que a estrada era completamente deserta.

As sessões de condução decorriam a bom ritmo, denotando a minha avó alguma perícia.

Acontece que essa perícia era facilitada pelo facto de a via se encontrar deserta, vivendo a senhora atemorizada com a possibilidade de lhe aparecer pela frente algum obstáculo.

Com efeito, naquela fatídica noite, a minha avó avistou no fim da recta os olhos luminosos de dois inocentes gatos, que se encontravam cada um do seu lado da estrada. E eis que a mulher começa a tremer e a gritar que vai atropelá-los.

Face à imobilidade dos gatos, à largura da estrada e à velocidade lenta a que circulavam, o meu avô dizia-lhe calmamente que não se preocupasse, que se deixasse ir na sua mão de trânsito, que estava tudo bem.

Mas não, dizia ela aos gritos, completamente possuída por um ataque de pânico, que os gatos iam atravessar, que ia ter um acidente.

Se juntarmos uma condutora inexperiente com o pânico, estão reunidos os ingredientes para a tragédia.

E foi o que fatalmente aconteceu. Ninguém sabe explicar como, mas a minha avó conseguiu ceifar a vida aos dois pobres gatos que se encontravam pacatamente em bermas opostas.

A partir desse dia, nunca mais a mulher ousou tentar conduzir um carro.

Quando contavam esta história, a minha avó, muito aborrecida, dizia que não era bem assim, mas não explicava como afinal tinha sido. O meu pai, que ia no banco de trás, confirma que foi exactamente assim, mas também ele não sabe explicar como diabo conseguiu a mãe dele fazer um pleno com os dois pobres bichos.

Matar gatos dá azar? Bom, àqueles dois incautos gatos deu...

14 comentários:

Anónimo disse...

Pobres bichanos:(

M. disse...

lol Lamento os gatos...Mas não deixo de admirar o feito...lol

A tua avó deveria jogar bilhar:)

Julie D´aiglemont disse...

Ou jogar Grand Theft Auto, ahahahahah

Anónimo disse...

Ohhhh, tadinhs dos bichinhos.

S* disse...

Ai que horror! Pobres bichos. :/

Pusinko disse...

A M fez uma excelente observacao de recurso para a tua avó usar o talento que tem e é mal aproveitado ao volante.

De resto, se lhe der algum consolo, a tua avózinha e eu devemos ser ela por ela, tendo em conta que eu nao ceifei vida nenhuma... ainda.
Para manter este nível, nao conduzo :p

Catarina Reis disse...

Que pena. Beijos

VP disse...

é triste mesmo, ainda estou a tentar perceber como ela conseguiu fazer isso!há desculpa, mas ri com o que escreves.ehehe:P

Suse disse...

:O jasus! Como é que isso aconteceu e nem eles perceberam bem como?! Boa condutora sem dúvida! :D

Tio do Algarve disse...

Como estava um de cada lado da estrada, eram de sinais contrários e anularam-se um ao outro. Por isso não houve mais azar e a tua avó teve uma neta que escreve com muita graça!

Anónimo disse...

Ela podia não ter jeito para a condução, mas tinha uma pontaria filha da mãe. ahahahah

Petra disse...

ca para mim a tua avó estava possuida....

AvoGi disse...

ALMINHAS

Devido à bicheza (vírus) que penetrou no meu sítio fui forçada a mudar...
este é o meu novo link: avogieaspulgas.blogspot.com

muitos temkiús e meni kis :=)

Malena disse...

Concordo com a Petra! Foi o Demo! :P