
Nos anos subsequentes os meus receios pareciam ter-se concretizado: o prémio foi sendo concedido a escritores de que nunca tinha ouvido falar (Imre Kertész, Orhan Pamuk, Le Clézio, por exemplo), a escritores que não apreciava (Naipaul, Coetzee) e a outros que detestava profundamente (Elfriede Jelinek e Harold Pinter).
Obviamente que fiquei feliz com o reconhecimento de Saramago. Mas não pelos motivos certos. Não gostava do que ele escrevia, não gostava do que ele dizia, não gostava das suas atitudes públicas. A minha alegria radicou apenas no facto de ele ser português. Razões de puro "patrioteirismo", portanto - muito diferente de patriotismo, não é patriota quem quer e tenho muitas dúvidas de que eu seja. Mas isso é outra história.
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P.S.: Com estas divagações esqueci-me de dizer que fiquei feliz com este Nobel e que voltei a ter esperança de um dia perceber os desígnios do comité.
3 comentários:
Amiga, aponta o que eu te digo eu ainda irei ganhar o prémio Nobel. Sou uma escritora de que tu gostas, ham?
És, sim.
concordo em quase tudo.
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