Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





quarta-feira, 20 de julho de 2011

Estarei a trabalhar no país errado?

A página on line da revista Sábado (aqui) conta a história de Maria José Cristern, uma tatuadora de 35 anos de idade, que diz que a decisão de se reinventar como "mujer vampiro" partiu da sua terrível história de violência doméstica.
Vai daí, aplicou recentemente um novo conjunto de implantes de titânio na testa, como chifres, bem como "presas" de vampiro nos dentes e vários piercings no rosto, mostrando o seu corpo como uma peça de arte na exposição de tatuagens de Monterrey.
Até aqui tudo normal... bom, mais ou menos normal.
A minha atenção prendeu-se na seguinte frase:
Foi criada de acordo com os valores da Igreja Católica, é advogada e tem quatro filhos. Garante que vive uma vida normal, que se sente bonita e que é uma mãe muito dedicada (sic).
Advogada?! Como? Onde?
Eu, que costumo descolorar o cabelo durante as férias e pintá-lo de cores garridas, tenho o cuidado de o voltar a pintar de castanho assim que regresso ao trabalho, sob pena de deixar de ter trabalho!
A mulher tem cornos de titânio, por Deus! E suponho que os clientes não se importem!
Será que ela não quer uma sócia?

30 comentários:

Anónimo disse...

AHAHAHAHAHAH. bRUTAL. :)))))))

mcrs disse...

Acho que ias ficar muito favorecida!

mcrs disse...

Epá, agora é que vi. Os juízes devem-lhe dar razão só para não ter que a ver.

Anónimo disse...

Essa aparência no exercício da advocacia em Portugal seria sucesso garantido... no DESEMPREGO. lolololol.

(estou mesmo a imaginar os teus clientes fugindo a sete pés)... :)))

Hachiko disse...

ser advogada não quer dizer que seja uma boa advogada.......

Hachiko disse...

ou que tenha emprego......

Turista disse...

Querida Julie, estou assim :O
Nem sei o que diga...

Rosebudd disse...

Não há dívida que a vida é injusta, conheço eu tantos casos de quem se esforce por tirar os cornos e não há plásticas que lhes valha, e vai está esta implantá-los. Se a moda pega, e todos passarem a assimir os seus a vende de cabrios vai disparar..... (e não, não tentes sequer mandar piadinhas cara julie)

Julie D´aiglemont disse...

Minha adorada Rosebudd, parece que queres que eu conte aos senhores que és um Cupido ao contrário: cliente que te apareça, passado pouco tempo arranjou um amante e volta a recorrer aos teus serviços para lhe fazeres o divórcio. Agora quero ver se tens coragem de negar que esta maldição impende sobre os teus clientes, ahahahah

Malena disse...

Os teus clientes são uns grandes conservadores!!! ;)

A Chata disse...

Creepy. Muito! E aqueles afastadores? As presas? Os olhos? As unhas? Nem consigo enumerar.
Me-do!

Julie D´aiglemont disse...

Não me digam que não gostavam de ter uma advogada com aquele aspecto! eheheheh

A. disse...

Olha Julie, o que eu posso dizer é que, sendo eu uma gaja algo destemida, que vive sozinha, dorme num quarto de rés do chão com uma janela de vidro 2 x 2 metros sem grades, e anda muitas vezes sozinha à noite sem problemas, me borrava de medo se me cruzasse com ela à esquina.

(faço ideia da dificuldade dos putos de terem amigos nas suas festinhas de anos)

Julie D´aiglemont disse...

Essa dos putos não me tinha ocorrido! Ahahahahah

A. disse...

por outro lado, deve ser a anfitria perfeita para o halloween. isto se os pais dos putos os deixarem ir lá bater à porta.

Queen of Hearts disse...

Ca medo Jasus. É coisa a mais, é testa com cornos, é dentes de vampiro, é metal na tromba... Olha, se ela pudesse exercer cá no burgo tuga, e calhasse vir cá a minha terrinha (nada conservadora), já estou a ver os funcionários do tribunal com os cenas de incenso - queimadores, será? - a defumar o sítio. Se muita gente já olha de lado para a minha [micro, na minha opinião] tatuagem... Na verdade, acho que o problema é da nossa carteira de clientes, ó Julie. Pensa nisso, hem? Não nos deixam ser our crazy selves aqui pá.

Malena disse...

Oh pá! Como ela não! Mas como tu, com uma cor mais garrida no cabelo, não havia problema! ;)

Anónimo disse...

Bom, a questão dos dentes de vampiro até que não está muito fora do âmbito profissional da senhora. Pelo menos pela experiência portuguesa pode dizer-se que quem se mete com a justiça (eu não disse com os advogados, tá bem?! eheheh) corre sério risco de acabar chupado até ao tutano. Os cornos também podem ser bastante úteis, naqueles casos em que acaba tudo à marrada, à porta do tribunal. loooool

A. disse...

mudando ligeiramente de assunto, não há dúvida que cada profissão se rege por diferentes códigos de vestuário e apresentação. na minha, por exemplo, praticamente tudo é permitido, até ir de calçoes e sandálias com meias brancas... ou onda cientista maluco, who cares? aliás, até fui à entrevista de emprego de jeans e all star, very casual, porque no meio científico, o ir super arranjada e formal (e de saltos altos) quase manda a mensagem errada. no entanto, no outro dia fui assistir a um colóquio dado por um colega, que aparecer de calças rasgadas, e um dos nossos chefes, mais velhos, embora sendo muito informal, dirigindo-se a mim, mandou a boca, apontando as calças. eu respondi: ah, eu tambem tenho umas assim, não costumo é trazer para o trabalho. ao que ele respondeu: precisely. ou seja, mesmo que seja um ambiente casual, especialmente em apresentações, as pessoas esperam que se leve a coisa suficientemente a sério para cuidar um bocadinho mais a apresentação.

já o meio do direito é tradicionalmente mais conservador, as pessoas querem um advogado sério e competente, pouco dado a maluquices, porque é a imagem que têm de um advogado, e não andam à procura de rebeldia, irreverencia, ou comportamntos marginais, negligentes à lei, mas de conformidade com regras e leis, e normas sociais, porque no fundo é o que a lei "is all about".
acho que o mais importante é mesmo a pessoa ter noçao da profissão que escolheu, e da quantidade de apariçoes publicas que esta requer, e do que os clientes que representam procuram. e digam o que disserem, a imagem conta. eu nunca contrataria esta advogada, por melhor que seja, não só pelo meu preconceito (e cagaço), mas por obviamente querer aumentar as minhas hipóteses nao arriscando com o preconceito dos outros.

Julie D´aiglemont disse...

Concordo inteiramente, Luna, por isso é que nunca vou trabalhar de cabelo azul. Não é a cor do cabelo que define a minha competência, mas compreendo perfeitamente que os clientes não achem piada a ser representados em Tribunal por uma fulana que parece um personagem de BD Manga.

Julie D´aiglemont disse...

Queen Of Hearts: se fosse para assustar os funcionários judiciais, até valia a pena...

Malena: se fosse toda a gente como tu, os tribunais seriam sítios coloridos (pelo menos, os que eu frequento).

Fresco e Fofo: eu não levo a mal que comparem os advogados com vampiros, tubarões, sanguessugas, etc. Até acho piada.

A. disse...

pois, e olha que cabelo azul é bastante mais aceitável que cornos de titanio, dentes de vampiro, extensores de orelhas, e maquilhagem à goth dungeon torturer.

Pusinko disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pusinko disse...

Já conhecia a história e li a história há uns tempos. Vi o vídeo dela e partilhei no fb.

Sim senhora boa mãe e tal, advogada (e filha) mas é do Diabo, Belzebu, Chifrudo, Satanás, Lúcifer, Capeta, O Excumungado, Bode, Beiçudo, Coisa-Ruim, Cafuçu, Arrenegado, Azucrim, Sapucaio, Cramulhano, Bute, Mafarrico (de estimação), Príncipe das Trevas, Rabudo...

Sorry entusiasmei-me.

Pshhh ná que a mim não em representa num qualquer litígio futuro.

Prezado disse...

A mim faz-me impressão quando as lentes de contacto arrastam, e a somar aquela bonecada toda, ela ainda imita um camaleão muito atento.

Julie, não quero abusar novamente, mas, pois, tens o contacto desta?

Julie D´aiglemont disse...

Prezado: se eu tivesse o contacto desta, pedia-lhe emprego, eheheh

Prezado disse...

eu queria jantar com ela. Só para ver como é que ela trinca um bitoque com aquilo.

Tio do Algarve disse...

Julie,
Os clientes dela não serão cornudos e assim sentem-se mais à vontade, por acharem que a advogada os compreenderá melhor?

Ou serão vampiros do outro mundo?

Rosebudd disse...

Bem, eu já trabalhei em algumas instituições de grande dimensão e ligada a àreas de enorme poder, trabalhei com uma enormidade de pessoas da área jurídica e outras. O que aprendi: que quanto mais seguras as pessoas são daquilo que fazem e sobre o que sabem, mais relaxadas serão quer no trato, quer na aparência. E a isso chamo de personalidade. Por outro lado sempre que me aparece o tipo "ilustre colega" cheio de "9 horas", de postura extremamente formal e inacessível...por norma revelam-se pessoas inseguras que através da imagem tentam colmar inseguranças e insuficiências profissionais. Pior, evitam inclusivé discutir argumentação jurídica, o que por si só já revela muito. Uma vez com um advogado de Braga (muito conhecido por lá) fui para Tribunal de Blazer e sapatos altos, o Sr. Apresentou-se de Fato castanho, gravata e sapatos cor de mel (que odeio...), teve o desplante de me chamar a atenção sobre as minhas calças, apenas lhe respondi que também não achava o fato e o sapatos propriamente com bom aspecto. Acho que ele anda "fugido" lá para Angola e o escritório em vias de encerrar... A questão do preconceito para mim é só uma e sempre a mesma: é a sociedade que deve determinar quando é que nós podemos mudar, ou somos nós que devemos ir mostrando/introduzindo na sociedade as mudanças de atitude...é sou a favor da 2ª e pratico.

Unknown disse...

Resta saber qual é a parte dos valores da Igreja Católica com o qual ela não foi criada...