No prefácio desta obra, o Presidente da Junta de Freguesia de Campanhã à data da publicação do livro, Rodrigo Oliveira, refere que a entidade a que preside “tem vindo a editar obras que fazem a história da Freguesia mas também a de alguns dos seus filhos atentos que teimam em adquirir e espalhar, os valores culturais verdadeiramente genuínos que muito contribuem para o bom nome e enriquecimento da nossa terra. Como é Belo ver o Autor possuidor de Jovialidade impressionante, apesar da idade, escrever poemas que fomentam o Amor e trespassam a riqueza de quem tudo dedica e nada pede em troca. Que este trabalho do homem bom que é o Amigo Manuel Pinho, ajude os vindouros a pensar e a escrever poemas.” (as vírgulas e maiúsculas são da responsabilidade do autor das frases).
Na introdução, Manuel Pinho justifica a edição do livro dizendo ter sido convidado a juntar todos os versos que escreveu ao longo da sua carreira. Confessa a sua apreensão inicial, consciente de que o livro “irá ser lido por pessoas de diversos graus de cultura”.
Considerou o convite irrecusável e por isso o aceitou.
Esclarece ainda: “Vão ficar para a história os meus versos, mas fica também a certeza que tudo que fiz, foi com o sentido de dar algo à cultura da minha terra, a minha querida Campanhã. E se me permitem, vou dedicar este Livro à minha Orquídea, a Companheira de sempre.”
Pela forma embevecida como o poeta olha para o fontenário, interrogo-me se não estaria a pensar na sua Orquídea…
Os poemas propriamente ditos são encabeçados por títulos bastante sugestivos e variados: Poema ao Dr. Maurício, Ao Fernando Gomes, Ao Domingos, Ao Vítor Baía (poderia ter feito ao resto do plantel, caraças), À Rosa Mota, Hino Ao Campeão F. C. Porto – 1995, Benfica (não há como ser imparcial), Matosinhos, Ar Líquido (3 poemas com este título), C.C. Atletismo de Bonjóia, Quero Ser Cowboy (que belo vaqueiro daria o poeta), Natal do Doente, O Imigrante (numa clara confusão com emigrante), Bombeiro Voluntário, Fado do Bombeiro, Rádio Festival, O Dinheiro, A Felicidade, Timor, Tabuaço, O Árbitro, O Fontenário, Aos Capitães de Abril, O Zé Bolinhas…
Enfim, percebe-se que é um poeta eclético.
Escolhi um que me causou perplexidade, porque gosto de pensar que o Sr. Manuel Pinho está a falar de uma experiência pessoal (de certeza!), afinal não é invulgar um artista ceder aos prazeres de um vício…
Maldita Droga
Oh droga…
Porque me droguei?
Meu Deus…
Se eu sei, que os efeitos seus
São nocivos
Para a saúde
Foi alguém que nunca vi
E que nunca conheci
Que me pôs…
Nesta atitude.
Droga
Oh pó sujo e repelente
Tu destróis constantemente
A vida, da mocidade.
Droga
Tu que enches aos milhões
O bolso dos tubarões
Sem escrúpulos, nem verdade.
Oh droga
Atiras sem mais aquelas
P´ras sargetas e vielas
Gerações e gerações.
Nas famílias
Causas lutas
Tu só crias prostitutas
Vadiagem e ladrões.
Oh Deus
Que no céu estais
Atendei nossa oração
Fazei com que a juventude
Tome esta nobre atitude
De à droga, dizer que não!...
Na introdução, Manuel Pinho justifica a edição do livro dizendo ter sido convidado a juntar todos os versos que escreveu ao longo da sua carreira. Confessa a sua apreensão inicial, consciente de que o livro “irá ser lido por pessoas de diversos graus de cultura”.
Considerou o convite irrecusável e por isso o aceitou.
Esclarece ainda: “Vão ficar para a história os meus versos, mas fica também a certeza que tudo que fiz, foi com o sentido de dar algo à cultura da minha terra, a minha querida Campanhã. E se me permitem, vou dedicar este Livro à minha Orquídea, a Companheira de sempre.”
Pela forma embevecida como o poeta olha para o fontenário, interrogo-me se não estaria a pensar na sua Orquídea…
Os poemas propriamente ditos são encabeçados por títulos bastante sugestivos e variados: Poema ao Dr. Maurício, Ao Fernando Gomes, Ao Domingos, Ao Vítor Baía (poderia ter feito ao resto do plantel, caraças), À Rosa Mota, Hino Ao Campeão F. C. Porto – 1995, Benfica (não há como ser imparcial), Matosinhos, Ar Líquido (3 poemas com este título), C.C. Atletismo de Bonjóia, Quero Ser Cowboy (que belo vaqueiro daria o poeta), Natal do Doente, O Imigrante (numa clara confusão com emigrante), Bombeiro Voluntário, Fado do Bombeiro, Rádio Festival, O Dinheiro, A Felicidade, Timor, Tabuaço, O Árbitro, O Fontenário, Aos Capitães de Abril, O Zé Bolinhas…
Enfim, percebe-se que é um poeta eclético.
Escolhi um que me causou perplexidade, porque gosto de pensar que o Sr. Manuel Pinho está a falar de uma experiência pessoal (de certeza!), afinal não é invulgar um artista ceder aos prazeres de um vício…
Maldita Droga
Oh droga…
Porque me droguei?
Meu Deus…
Se eu sei, que os efeitos seus
São nocivos
Para a saúde
Foi alguém que nunca vi
E que nunca conheci
Que me pôs…
Nesta atitude.
Droga
Oh pó sujo e repelente
Tu destróis constantemente
A vida, da mocidade.
Droga
Tu que enches aos milhões
O bolso dos tubarões
Sem escrúpulos, nem verdade.
Oh droga
Atiras sem mais aquelas
P´ras sargetas e vielas
Gerações e gerações.
Nas famílias
Causas lutas
Tu só crias prostitutas
Vadiagem e ladrões.
Oh Deus
Que no céu estais
Atendei nossa oração
Fazei com que a juventude
Tome esta nobre atitude
De à droga, dizer que não!...
2 comentários:
Cara Julie, posso dizer-te que conheci pessoalmente "a figura", num jantar informal, em que quando apresentados ele apenas disse "eu não preciso de apresentação que certamente a senhora já me conhece..."
Ao que eu respondi..."lamento mas não, não sou destes lados".
Presunção e água benta......
Ó meu tresloucado botão de rosa: tu não estarás a confundir o pobre poeta com o Presidenta da Junta do Bonfim? Ora pensa lá bem, doida...
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