Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





terça-feira, 1 de junho de 2010

Anais da História (#2)

As cenouras foram a fonte de um dos grandes golpes de desinformação da Segunda Grande Guerra Mundial.
Os alemães não compreendiam como é que os pilotos britânicos avistavam os seus aviões a uma grande distância, mesmo no escuro. Aliás, o Capitão John Cunningham, cujo esquadrão operava à noite, era chamado de “Cunningham olhos de gato”.
De forma a impedir os boches de descobrir a invenção do radar, os bifes criaram um boato nutricionista complexo e totalmente fictício: os carotenos nas cenouras são transportados até ao olho e convertidos em retinal, que é a molécula que detecta a luz no olho (basicamente, isto é verdade). Deste modo, diziam: temos dado pratadas de cenouras aos nossos rapazes e os resultados estão à vista… sem dúvida entre muitas risadas à socapa dos aviadores da R.A.F.
Parece altamente improvável que os germânicos tenham acreditado, mas ajudou a persuadir toda uma geração de crianças britânicas a comerem o único vegetal que continuava a ser fornecido de forma regular durante a Guerra.
Um pormenor lateral: em Portugal o doce de cenoura é mais importante do que eu alguma vez tive noção, porque em 2002 a União Europeia viu-se obrigada pelos Lusos a redefinir a cenoura como fruto. Uma pena a economia não ser tão premente para os nossos euro-deputados!
Quando descobri esta fraude, anotei mais uma mentira que a minha mãe me pregou em pequenita.
O que se seguirá, meus amigos...? Qualquer dia, vêm dizer que comer espinafres não faz ficar com músculos como o Poppey...

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