Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





quarta-feira, 9 de junho de 2010

E-mails anónimos

A minha amiga D é uma adorável doida varrida. É sempre imprevisível a forma como vai reagir às adversidades: pode fazê-lo com ameaças de violência física (sim, já aconteceu) ou com sentido de humor. Nunca sabemos. E essa inconstância faz parte dos seus encantos.
Segunda-Feira estava louca para contar novidades do fim-de-semana.
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D: Estive para vos ligar no fim de semana por causa de uma coisa que me aconteceu, mas achei que era mais giro contar ao vivo.
EU: Então?
D: Recebi um e-mail de uma Guilhermina Sousa, que dizia mais ou menos o seguinte: “Cara D, deve estar mais atenta ao seu marido, porque a relação dele com G não é meramente profissional”.
EU: O quê? E tu que fizeste?
D: Chamei o meu marido e perguntei se queria explicar alguma coisa.
EU: E ele?
D: Disse-me que quem enviou o e-mail é uma tal de Joana, que anda alucinada e que já fez isso com outras pessoas … (e mais explicações a que eu poupo os leitores do blog). Além disso, eu conheço a G e confio nela.
EU: Ainda bem.
D: Mas resolvi fazer outra coisa: responder-lhe ao e-mail.
EU: O que é que lhe disseste?
D: Ora vê:

Ora, muito boa noite, Dª Guilhermina Sousa (o nome deixa muito à imaginação, mas adiante)!
Efectivamente, isto é o que dá ter um marido extremamente viril. Só uma? Ele anda a perder qualidades.....
Agradeço desde já atenção e preocupação demonstrada. Obrigada, mas temos uma relação muito aberta, desde que por ano não ultrapasse em número 20, não temos preocupações. Agradeço é que não divulgue, por razões de decoro. Sabe .... virtudes públicas, vícios privados....é a vida.
Só mais 2 reparos:
1- como saberá, sou advogada, e isto de termos amigos na polícia judiciária, divisão de crime informático...tem as suas vantagens;
2- por isso agradeço que não volte a meter-se na vida alheia, pois o próximo mail que remeter não será tratado com tanta cordialidade, e poderá sair-lhe mais caro do que meras custas processuais.
Grata pela disponibilidade demonstrada,
D
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Até agora, não recebeu nenhum e-mail a insistir…

5 comentários:

Maria disse...

Ahahah! D. és um génio! Ninguem s iria lembrar de responder desta forma! Ahahah

Demais! continue, sim? =)

Osk disse...

Imagino aquele escritório... Começo a perceber o que querem dizer com a lentidão da justiça...

Julie D´aiglemont disse...

Não deixa de ter razão, inginheiro... isto às vezes parece mais um tasco frequentado por camionistas do que um escritório de advogados.

Unknown disse...

Viva o nosso escritório! Basicamente existem dois tipos de escritório de advogados:
com ou sem emoção, é como ir fazer todo o terreno nas dunas....o nosso é do primeiro tipo!
E, ofendem-me as insinuação sobre a minha violência...pois são manifestações esporádicas.

Julie D´aiglemont disse...

Oh, coitadinha! Tão ofendida! Como diria um amigo meu: "vaitafoder"!