Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





terça-feira, 1 de junho de 2010

Razão para Julie ter seguido Direito

Quando eu era pequenita, minha santa mãezinha tinha por bem obrigar-me a comer de tudo. Dito assim até parece um bom princípio. Mas não era!!
Não era, porque foi isso que me tornou numa gulosa e rancorosa.
Passo a explicar...
Gulosa, porque hoje em dia não é preciso contar-me histórias para eu comer (pormenor: quando eu era pequena os meus avós maternos contavam-me histórias para eu comer; os meus pais ameaçavam-me com pancada... e não raras vezes concretizavam as ameaças). Eu como, como, como, meus amigos. Eu não como para viver, eu vivo para comer!
Ora, se eu fosse esquisitinha, só gostaria de delicadas iguarias... e como não as há por aí, comeria pouco. Infelizmente, como gosto de tudo (excepto canela e maracujá), tenho sempre alguma coisita à mercê do meu pantagruélico apetite.
A coisa é de tal modo dramática, que dou por mim a fantasiar com a degustação de um pão com queijo como se de faisão se tratasse.
E porque me tornei eu rancorosa? Porque a minha mãe me obrigava a comer tudo e não acreditava que eu não gostasse de nabos. Sim, nabos, esse vegetal tão delicado e saboroso! De forma que, por mais que eu chorasse, obrigava-me a comer pedaços de nabos cozidos.
Tenho aqui um recalcamento que resulta de um jantar em que passava a Galactica na RTP e eu tragava os odiosos tubérculos. Só quando comecei a vomitar, é que a minha torturadora... errr... quer dizer, mãe... a minha mãe se apercebeu que talvez não fosse fita, talvez eu não gostasse genuinamente daquela merda. Como é que era possível, meu Deus, como é que uma criança poderia não gostar de nabos?!
Enfim, foi aí que decidi que um dia seria advogada: para poder processá-la pelos danos irremediáveis que me causou!
Infelizmente, quando acabei o curso, o crime já havia prescrito.
Por isso, já decidi: quando for tempo, eu digo para a dona do asilo de 5ª categoria: "Deixe estar minha senhora, para a minha mãe não tem de se preocupar em arranjar um quarto com janelas e sem baratas e ratos".

4 comentários:

Midget Revenge disse...

És uma insensível, a mim alem dos nabos eram espinafres, couve, e o mais horrível de tudo, o agrião...No fundo no fundo tiveste uma infância bem feliz.

Abraço

Julie D´aiglemont disse...

Eu gosto dessa merda toda! Aliás, adoro! Esse é o problema: agriões, espinafres, couve - marcha tudo. Só não marcham os nabos, maracujá e merdas com canela.

Midget Revenge disse...

Não percebo como mantens a linha...

Loira disse...

Bem, o que eu me ri!
Este post supera tudo!

A mim acontecia-me o mesmo, mas era com dobrada (bkheark), só que em vez de Direito segui Gestão, possívelmente para levar os talhos à falência...

Beijos solidários**