Hoje é dia de Oscars! Adoro, porque junta no mesmo evento três coisas que adoro: cinema, humor e sapatos.
Parece que este ano tudo se perfila para que “Avatar” arrebanhe um grande número de homenzinhos dourados. Disso já não gosto.
Antes de “Avatar” estrear, estava doida para ver o filme, porque sabia que era 3D e visualmente muito bonito (sim, sou uma básica).
Entretanto, tomei conhecimento da história e esmoreci. Mas fui ver o filme à mesma.
Os receios que levava concretizaram-se: é um filme esteticamente muito bonito, mas não passa disso. A história é a maior exibição de maniqueísmo que vi desde as telenovelas venezuelanas: os bons são muito bons e os maus são muito maus.
Depois temos a teoria do bom selvagem… estava convencida de que desde Rosseau ninguém mais acreditasse que os selvagens têm uma índole pura. Afinal, foi a evolução social que proibiu a escravatura, a pena de morte, a tortura, etc.
Além disso, o filme injecta-nos com uma dose de proselitismo ecológico tal, que sai do cinema com uma vontade quase irreprimível de cortar árvores e poluir rios… sim, tenho uma tendência natural a reagir em sentido contrário às lavagens cerebrais.
E o pior de tudo: o enredo. Previsibilidade é um eufemismo para caracterizar o desenrolar da história, porque desde o início sabemos exactamente o que vai acontecer a cada personagem.
As sequências de acção foram esticadas até ao limite, de forma a engonhar um pedaço de história durante duas e quarenta minutos. Duas horas e quarenta minutos, meu Deus!
Sei que estou quase sozinha nesta opinião, porque as manifestações de apreço por “Avatar” são quase unânimes, inclusive por parte das pessoas que o viram comigo. Poderei ser uma pessoa muito insensível, mas não sou completamente estúpida e não gosto nada que subestimem a minha já de si parca inteligência: se me querem vender uma ideia, façam-no de uma forma subtil e com bons argumentos.
Parece que este ano tudo se perfila para que “Avatar” arrebanhe um grande número de homenzinhos dourados. Disso já não gosto.
Antes de “Avatar” estrear, estava doida para ver o filme, porque sabia que era 3D e visualmente muito bonito (sim, sou uma básica).
Entretanto, tomei conhecimento da história e esmoreci. Mas fui ver o filme à mesma.
Os receios que levava concretizaram-se: é um filme esteticamente muito bonito, mas não passa disso. A história é a maior exibição de maniqueísmo que vi desde as telenovelas venezuelanas: os bons são muito bons e os maus são muito maus.
Depois temos a teoria do bom selvagem… estava convencida de que desde Rosseau ninguém mais acreditasse que os selvagens têm uma índole pura. Afinal, foi a evolução social que proibiu a escravatura, a pena de morte, a tortura, etc.
Além disso, o filme injecta-nos com uma dose de proselitismo ecológico tal, que sai do cinema com uma vontade quase irreprimível de cortar árvores e poluir rios… sim, tenho uma tendência natural a reagir em sentido contrário às lavagens cerebrais.
E o pior de tudo: o enredo. Previsibilidade é um eufemismo para caracterizar o desenrolar da história, porque desde o início sabemos exactamente o que vai acontecer a cada personagem.
As sequências de acção foram esticadas até ao limite, de forma a engonhar um pedaço de história durante duas e quarenta minutos. Duas horas e quarenta minutos, meu Deus!
Sei que estou quase sozinha nesta opinião, porque as manifestações de apreço por “Avatar” são quase unânimes, inclusive por parte das pessoas que o viram comigo. Poderei ser uma pessoa muito insensível, mas não sou completamente estúpida e não gosto nada que subestimem a minha já de si parca inteligência: se me querem vender uma ideia, façam-no de uma forma subtil e com bons argumentos.
1 comentário:
Querida Julie,
Imagine que neste momento estou a fazer-lhe uma vénia. É que estou mesmo. Nunca li uma crítica a um filme tão bem feita, tão acertada e tão inteligente. Ponha-se a pau que mais dia menos dia estará no Público a dissertar sobre cinema. O que aliás, não seria muito complicado, uma vez que acefalia que por lá impera é um bocadinho gritante.
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