Este cabr... err... perdão, este senhor foi meu professor de Direito Constitucional. Era mais novo, um nadinha mais magro (mas ainda assim, anafado) e extremamente presunçoso. Era apenas o seu segundo ano como assistente, mas já tinha por hábito enfrentar (e afrontar) a opinião de professores muito mais experientes do que ele.
Aproveito para esclarecer que não tive nenhuma experiência particularmente desagradável com ele... e com isto quero dizer: o gajo não me chumbou!
E reconheço-lhe inteligência e competência.
Portanto, não sou recalcada.
O que me irritava era a puta da mania do imberbe académico! Um presunçosozito de merda!
No dia do exame escrito, sua magnífica rotundidade assoma na sala e anuncia com a devida pompa que será o vigilante da nossa prova. Tarefa que, pelos vistos, se revestia de cabal importância, porque a seguir profere as orgulhosas palavras: "Meus senhores, estou aqui há apenas um ano e já detenho o record de anulações de exames. Comigo ninguém copia!"
Fui, portanto, obrigada a encarar o exame como um desafio às minhas capacidades de me servir de, digamos, fontes marginais de conhecimento. E pensei: "Tá bem, tá. Hás-de ser cumós outros, cabrom" (já na altura eu era mestre na retórica e oratória). E foi, carago, se foi...
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