Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





sábado, 20 de março de 2010

Rangel

Este cabr... err... perdão, este senhor foi meu professor de Direito Constitucional. Era mais novo, um nadinha mais magro (mas ainda assim, anafado) e extremamente presunçoso. Era apenas o seu segundo ano como assistente, mas já tinha por hábito enfrentar (e afrontar) a opinião de professores muito mais experientes do que ele.
Aproveito para esclarecer que não tive nenhuma experiência particularmente desagradável com ele... e com isto quero dizer: o gajo não me chumbou!
E reconheço-lhe inteligência e competência.
Portanto, não sou recalcada.
O que me irritava era a puta da mania do imberbe académico! Um presunçosozito de merda!
No dia do exame escrito, sua magnífica rotundidade assoma na sala e anuncia com a devida pompa que será o vigilante da nossa prova. Tarefa que, pelos vistos, se revestia de cabal importância, porque a seguir profere as orgulhosas palavras: "Meus senhores, estou aqui há apenas um ano e já detenho o record de anulações de exames. Comigo ninguém copia!"
Fui, portanto, obrigada a encarar o exame como um desafio às minhas capacidades de me servir de, digamos, fontes marginais de conhecimento. E pensei: "Tá bem, tá. Hás-de ser cumós outros, cabrom" (já na altura eu era mestre na retórica e oratória). E foi, carago, se foi...

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